Iohanna Sanches

Baixa libido em mulheres: reconhecer, compreender e transformar

Imagem de uma flor rosa, de coloração rosa, sendo segurada por uma mão, enquanto é tocada por outra

A baixa libido é uma queixa frequente entre mulheres, mas ainda envolta em silêncio e tabus. Muitas acabam acreditando que o desejo sexual diminuído é algo “normal” com o passar do tempo ou um “peso a carregar” em seus relacionamentos, quando, na verdade, ele pode sinalizar questões que merecem atenção e cuidado. Apesar disso, falar de sexualidade feminina ainda é tabu e, historicamente, as queixas e o sofrimento das mulheres foram negligenciados e silenciados. A coisa fica ainda pior quando falamos da sexualidade de mulheres lésbicas, bissexuais, trans e travestis: silêncio absoluto. Por isso, é tão importante falar sobre esse assunto.

O desejo sexual é influenciado por múltiplos fatores: desde aspectos hormonais, uso de medicamentos, estresse e rotina, até experiências emocionais, crenças sobre sexualidade, autoestima e qualidade da relação afetiva. Tudo isso mostra como a sexualidade é complexa, multifacetada e profundamente conectada à saúde mental e ao bem-estar da mulher.

Ignorar essas questões pode gerar frustração, insegurança e distanciamento, tanto consigo mesma quanto da parceria. Por isso, é essencial afirmar: cuidar da sexualidade feminina é essencial. Uma vida sexual saudável contribui para a autoconfiança, fortalece vínculos afetivos, reduz o estresse e amplia a sensação de vitalidade e realização pessoal.

A terapia cognitivo-sexual oferece um espaço seguro, sem julgamentos, para explorar essas dificuldades. O processo envolve compreender os pensamentos e crenças, lidar com experiências negativas e emoções como medo, vergonha e ansiedade, desenvolvendo ferramentas para lidar com elas. Mais do que tratar um sintoma, é uma oportunidade de redescobrir a própria sexualidade com autenticidade e liberdade.

Falar sobre baixa libido é falar de saúde integral. É romper com a ideia de que a sexualidade feminina deve ser invisível ou secundária. É um convite para que cada mulher se permita viver plenamente, honrando seus desejos.


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